domingo, 22 de janeiro de 2012

INVEJA, DESESPERO E OUTROS ASSUNTOS HUMANOS, NACIONAIS E CONCURSÂNDICOS


Prezados amigos concurseiros e simpatizantes,
                                                                                      
É uma alegria voltar a escrever por mais uma semana. Minha tarefa é como a de vocês: dia-a-dia, semana a semana, até conseguirmos o nosso objetivo. O seu, passar; o meu, receber o seu e-mail com a boa notícia. Mas aceito e-mails intermediários com as crises, dores etc. Vamos conversando no trajeto, não?
Quanto aos "simpatizantes", o termo é parte de uma "associação" que tenho no coração: a Associação de Corredores, Concurseiros e Simpatizantes (ACCS). Ainda vou montá-la, com carteirinha e tudo. O tempo dirá. Já temos atualmente o WDPTS – William Douglas Personnal Trainer System, que você se inscreve na minha página (onde vários concursandos curaram depressão e/ou emagreceram, e estão se sentindo bem melhor. Experimente).
Em breve, virá a nova página na web, com outros programas: o WDPMS e o PEPP. Como pode ver, gosto muito de estar entre gente de garra e fé como você, concursando (ou simpatizante) que me lê agora. Ah! Esclareço: WDPMS é o William Douglas Personal Mind System e PEPP é o Programa de Enriquecimento Pessoal Progressivo. Claro que falarei deles aqui, em breve. E não temo que você ache essa sopa de letrinhas muita coisa porque concursando lida com sete, 10, 15 matérias com os pés nas costas (se você ainda não está lidando, não se preocupe: isso é um processo evolutivo).
Não se assuste achando que é muita coisa. As técnicas para passar estão nos livros Como Passar e em seu resumo, o Guia de Aprovação em concursos.  Os demais livros e os demais programas (WDPTS, WDPMS, PEPP etc) são acessórios.
Essa coluna, o orkut e a minha página são pontos de contato, orientação, motivação etc. Os artigos são formas de reprisarmos assuntos importantes ou, como é o caso hoje, aprofundarmos alguns itens, coisa que não se recomenda no livro, para que ele não fique volumoso demais e atemorize os não-iniciados.
Assim, recomendo a leitura de um dos dois livros básicos e, em paralelo, terei gosto em ter você participando das demais atividades e programas. E não pense que estou falando isso para vender livro. Eles já estão indo bem. Falo, aqui, apenas para que você não ache que isso é um saco sem fundo. Não é. Passar em concursos é, ao contrário do que mentiram para você, fácil. Repito: não é difícil. É fácil. É trabalhoso, demorado, mas as regras são claras e você pode fazer isso. Se quiser e pagar o preço, vai passar. Não tem risco de não passar. É uma questão de tempo e trabalho bem-executados, como falo nos "mantras".
Quando falo nos novos "programas" (físico, mental, financeiro), alguns podem estar achando legal (obrigado), outros rindo (obrigado) e outros me achando maluco (obrigado). Aviso, desde já, duas coisas: também estou escrevendo minha Autobiografia Não autorizada - Parte I (a pedido dos amigos da comunidade no orkut). Segunda coisa: nela está escrito: sempre que fazia algo e me chamavam de maluco, Deus me abençoou e consegui sucesso.
Já escrevi aqui que você deve estar sendo chamado de "maluco" por uns sujeitinhos (com todo respeito) que não estão apostando em você, ou desancando os concursos públicos. Deixa os "caras" e vá jogar seu jogo. Mas tudo isso é conversa entre amigos e ainda não é o assunto de hoje.
Esta semana recebi um e-mail de uma concurseira que estava há vários anos estudando. Já tinha sido reprovada injustamente, já tinha amargado todas e  me avisou que agora passou e está com posse marcada para março. É assim que acontece. Todas as semanas recebo notícias assim. Estou esperando a sua. Se você jogar o jogo, acontece.
Informo que também tenho outros objetivos: que você seja feliz (pode parecer esquisito aos seus ouvidos agora, mas é muito mais importante que passar ou não) e que você participe da grande revolução que torço aconteça em breve etc. Mas esses ainda são outros assuntos. O de hoje é um dos e-mails que recebi esta semana e desejo compartilhar com vocês. Naturalmente, a privacidade do seu autor está preservada. Eis o texto:
"Olá amigo, seu livro tem me ajudado muuuuuito mesmo. Eu já escrevi para você num momento de desespero, quando reprovei na prova física de um concurso no ES. Mas aquele concurso até hoje não deu em nada para ninguém!!!
Hoje estou estudando, feliz da vida e cheio de esperança para passar no TRF 2ª Região !!!
Um grande abraço e paz do Senhor.”

“X"

Agora, minha resposta:

"X”,
Reprovações são parte do processo. Anime-se. E torça para que o concurso do ES funcione para quem já passou. É melhor assim. O seu virá em breve. Na hora certa.
Espero que o desespero não te alcance mais. Você não merece. Não deixe, então.
Estude para o TRF, treine, siga o livro etc.. Mas faça outros concursos também. Estou orando por você.
Boa sorte e mande-me notícias.
Abraço fraterno e paz!

“William Douglas"

Muito bem, vamos a alguns comentários:

Pode ser que o amigo tenha falado: "Mas aquele concurso até hoje não deu em nada para ninguém!!!", apenas se consolando no sentido de que não sofrer com a reprovação já que não seria chamado mesmo. Mas a sensação que tive foi o velho "se não é meu, não vai ser de mais ninguém", que já resultou em tantos julgamentos no Tribunal do Júri. E isso me motivou a trocar idéias sobre o assunto aqui na coluna.
Primeiro: esse sentimento de mágoa e raiva em relação a uma reprovação é normal num primeiro momento, mas deve passar. As reprovações devem ser vistas como parte natural do sistema e como fonte de aprendizado. Não devemos ter ressentimentos, mas sim aprender com elas. No caso, ainda pode ter havido um sentimento de inveja (ou outro nome melhor) em face dos que passaram.
E não pensem que é só pessoa "malvada" que tem isso. Os momentos de mesquinharia ou sentimentos não nobres aterrorizam a todos, não apenas a alguns. Não deve ser de sua época, mas na minha havia um desenho animado infantil chamado de Bom-Bom e Mau-Mau. Engraçadérrimo, mas reconceituosérrimo também. O Bom-Bom era o típico anglo-saxão – alto, loiro, atlético, sorridente, bonzinho e cavalheiro toda vida. O Mau-Mau era baixinho, feio, moreno, mais ou menos um Danny DeVito mexicano. Só fazia analhice. Claro que era um enlatado norte-americano, mas o conceito continua: existem pessoas boas e pessoas más. E isso, colegas, é uma grande tolice. Existem pessoas, apenas. O Bom-Bom e o Mau-Mau estão dentro de nós.
Como já foi dito, são dois cachorros e vencerá esta batalha aquele que deixarmos, alimentarmos, que soltarmos da casinha e levarmos à rua. Então, dito isso, veja o eventual momento mesquinho de nosso colega como algo que qualquer um de nós pode sentir, se não tomarmos cuidado. E, se sentir, será preciso racionalizar e tratar. Eu declaro que já tive vários momentos de baixeza, mesquinharia, gestos equivocados etc. Não sou santo (para quem gosta de assuntos religiosos, considero-me salvo, mas não santo).
Nos estudos do PEPP – Programa de Enriquecimento Pessoal Progressivo, que desejo compartilhar em breve com os servidores públicos (sim, você vai passar e vamos falar de como ficar ainda mais rico!). Tenho estudado administração financeira. Acredite: bons livros sobre como enriquecer financeiramente falam a mesma coisa que meu bom e velho Como Passar em Provas e Concursos, de 1998 (e, modéstia a parte, ainda o mais completo livro sobre o tema). Ou seja, estamos lidando com o mesmo conhecimento.
E ele inclui o seguinte: não inveje, não torça contra, não se alegre quando alguém se der mal, alegre-se com o sucesso dos outros, mesmo o de seus inimigos. Deseje o bem. Tudo o que você faz, retorna para você. O que você imagina, acontece. O que você visualiza, programa sua mente.
Se um concurso no ES não deu certo, isso é ruim! O sistema concurso público é uma benção, algo bom, uma oportunidade, e tem vários inimigos, como o nepotismo, a incompetência administrativa, a fraude etc. Daí, precisamos trabalhar para que o sistema melhore. E ele melhora quando funciona bem.
Daí, minha frase em resposta ao colega: "E torça para que o concurso do ES funcione para quem já passou."
Esse é um ponto importante: se você quer se sair melhor mental, fisicamente, emocional e intelectualmente, se você quer passar em concursos, siga um conselho: não deseje mal, não torça contra, não olhe para quem está melhor que você e sofra. Faça o seguinte: deseje o bem, torça a favor, olhe para os caras que estão à sua frente e anime-se a perseguir sua melhoria pessoal.
Se você fizer isso, seu desempenho global será extremamente aperfeiçoado. E esse conhecimento que informo aqui (se aplicado por você, se transformará em sabedoria) serve para tudo, de concursos a sexo, de riqueza financeira (a mais tosca forma de riqueza) até a riqueza espiritual (a mais evoluída das formas de riqueza).
Mas se você quiser focar apenas nos concursos, tudo bem: o desempenho em concursos é afetado pela sua emotividade; e o seu desempenho intelectual é afetado pelas imagens, positivas ou negativas que você tem na mente. Isso é uma lei natural. Não muda. Assim como a lei da gravidade. Ou você se comporta de acordo com ela e obtém vantagens, ou não acredita nela e tem problemas. Camarada, se você não acredita na lei da gravidade, experimente pular de um prédio sem pára-quedas. Se você não acredita que seus sentimentos, emoções e imagens mentais não influenciam, tudo bem, mas vai "bater no chão" do mesmo jeito. Apenas o tombo leva mais tempo.
Senhores, o que coloco aqui é ensinado por todas as doutrinas religiosas e boa parte das doutrinas filosóficas: a lei do retorno. A programação neurolinguística, o Método Silva, os estudos psicológicos, as experiências e pesquisas, tudo diz uma coisa só: aquilo que você deseja, acontece; aquilo que você faz (e deseja para os outros), retorna para você multiplicado.
Posso assegurar a vocês, já quase chegando aos 40 anos, que até aqui tudo o que vivi tem confirmado o quanto esse conhecimento é verdadeiro, o quanto ele funciona na prática.
Assim, cuidado com o que deseja. Acontece para você e para o planeta. Queira o bem dos concurseiros, mesmo que não seja você, e do sistema concurso como um todo. É melhor assim.
O colega "X" ainda falou da sua esperança em passar no concurso do TRF da 2ª Região. Eu também espero isso. Mas relembro: "concurso se faz não para passar, mas até passar", que é um dos "mantras". E outro: "A dor é temporária, o cargo é para sempre". Relembrado isso, torço, espero e oro para que seja logo.
Para concluir, também disse ao colega: "Espero que o desespero não te alcance mais. Você não merece. Não deixe, então."
Você pode ter momentos difíceis, momentos de desânimo etc, e existem fórmulas para lidar com essas ocasiões. Mas... desespero, não. Desespero é falta de esperança, de não ter para onde ir. Há pessoas sem oportunidades, estudo, portas a serem abertas, pessoas profundamente adoentadas do corpo ou da alma, pessoas sem instrução alguma. Essas pessoas podem ficar desesperadas. Mas um concurseiro, não. Um concurseiro tem portas para abrir, como disse. Não tem o direito de ficar desesperado, até porque isso atrapalha o desempenho.
Por fim, quando você passar, aí então terá, além das justas retribuições do cargo, poder na mão para fazer alguma coisa pelos desesperados desse imenso país. Qualquer que seja o seu cargo, você poderá tornar esse país mais justo e decente. A partir de seu metro quadrado de serviço público, acredite. Isso é revolucionário. Mas a revolução, como disse, é assunto para outro dia.

Saudações concursândicas a todos!

William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas, o best-seller “Como passar em provas e concursos” – www.williamdouglas.com.br.

         
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