Cresce a expectativa pela realização
do novo concurso público da Polícia Federal (PF) para
os cargos de delegado e perito. Embora a presidente Dilma
Rousseff tenha anunciado, em setembro, um pacto de contenção de gastos que
limita a realização de novos concursos em 2016, a administração pública já admite a
possibilidade de algumas autorizações, em casos pontuais. Dentro deste
contexto, um dos que devem ser priorizados é justamente o da PF.
O motivo é que
o decreto 8.326, da presidência da república, de 10 de outubro de 2014,
determina que o órgão não precisa mais de autorização por parte do Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para realizar novos concursos.
Precisa, apenas, de um parecer do órgão sobre as condições financeiras para o
preenchimento das vagas. Com isto, segundo responsáveis pelo setor de recursos
humanos da PF, esta confirmação dos recursos vem sendo discutida com o
ministério, para que a seleção possa, efetivamente, ocorrer ainda em 2016.
De acordo com
o decreto presidencial, a PF pode
iniciar novo concurso sempre
que o quadro de pessoal contar com uma defasagem de pelo menos 5% dos
servidores.
Com isto, o
novo concurso deve contar com uma oferta de 558 vagas, sendo 491 para a
carreira de delegado e 67 para peritos. Para concorrer a perito é necessário
possuir curso de nível superior em áreas específicas e para delegado,
superior em direito, com pelo menos três anos de atividade jurídica ou
policial, comprovados na data da posse. As remunerações iniciais, para os dois
cargos, são de R$ 16.830,85, com jornada de trabalho de 40 horas semanais.
No último concurso da Polícia Federal para estes cargos, o preenchimento das
vagas ocorreu prioritariamente nos postos de fronteira e nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Roraima, permitindo a remoção de servidores que já atuam
nestas localidades. Obedecida estas condições, o preenchimento pode ser feito
em todos os Estados, de acordo com as necessidades. As provas costumam ser
aplicadas em todas as capitais e no Distrito Federal, exceto o exame
oral, que ocorre somente em Brasília (DF).
Concurso
anterior da Polícia Federal
Para os dois
cargos, a PF lançou,
em 2012, edital de concurso público. Na ocasião, a banca organizadora do certame foi
o Cespe/UnB.
Para perito, o concurso Polícia Federal contou com provas objetivas e discursiva, testes de
aptidão física, exame médico, avaliação psicológica e análise de títulos. A
parte objetiva teve 120 itens, sendo 50 de conhecimentos básicos e 70 de
conhecimentos específicos. Os aprovados em todas as fases foram submetidos a um
curso de formação profissional.
No caso de delegado, o Cespe/UnB formulou provas objetiva e discursiva, exames de
aptidão física, exame médico, avaliação psicológica, análise de títulos e prova
oral, além do curso de formação. A parte objetiva contou com 120 questões e a
discursiva, com três questões dissertativas e elaboração de peça profissional.
Na época, o concurso da PF apresentou mais de 80.000 inscritos. Para perito foram registrados 35.800 inscritos para a oferta de 100 vagas e para delegado, 46.633 participantes para 150 oportunidades.
Na época, o concurso da PF apresentou mais de 80.000 inscritos. Para perito foram registrados 35.800 inscritos para a oferta de 100 vagas e para delegado, 46.633 participantes para 150 oportunidades.
Para
perito, as opções foram para áreas de ciências contábeis ou econômicas,
engenharia em diversas especialidades, ciências da computação, geologia,
química, biomedicina, medicina, odontologia e farmácia.
5 dicas de processo penal para
delegado da PF
1. Estude,
desde já, para a prova oral. O concurso conta com prova objetiva, prova
discursiva e prova oral. É certo que a prova oral é a última delas, porém, para
que você esteja bem preparado para uma prova oral, é necessário controle total
da matéria. Logo, foque no controle total, lá na prova oral mesmo. Prepare o
material, fale sozinho pela casa, ensine tudo sobre tentativa para seu
cachorro. Vá por mim: além de estar mirando acima da maçã, você ainda estará
fazendo uso de um dos melhores métodos de estudo.
2. A
prova da PF será feita pelo Cespe, que merece muitos elogios, pois monta as
questões com base nas atribuições do cargo a ser provido – quem dera todas as
bancas fizessem assim! Considerando que estamos falando de prova para delegado
da Polícia Federal, é óbvio que vão despencar questões sobre inquérito
policial, visto que a vida do delegado é tocar inquérito para frente. Para você
ter uma ideia, no último concurso, das 26 questões de processo penal, 15 eram
sobre inquérito policial. Essas você não pode errar!
3. Ainda com relação às
atribuições do cargo, cuidado com o tema “provas”, principalmente a
interceptação telefônica, um meio de prova que é recorrente em concursos
públicos.
4. A
Operação Lava Jato está na mídia há um bom tempo e uma de suas características
mais marcantes é a presença de acordos de delação premiada. Estude este tema!
5. Existem
duas “polícias” essencialmente judiciárias no Brasil: Polícia Federal e Polícia
Civil. Você sabe que as atribuições da Polícia Civil (estadual) são residuais,
mas gigantescas, enquanto as atribuições da Polícia Federal são
especiais e bem menores. Isto segue o padrão de todos os órgãos que têm
paralelos na seara estadual e federal. Tal padrão se reflete no concurso de um
modo muito simples: nas provas de órgãos federais, sempre caem questões sobre
suas atribuições/competências. No último concurso, foram quatro questões que
tangenciaram este tema.
FONTE: JCCONCURSOS
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