Uma das condições fundamentais para que o candidato a concursos públicos se mantenha no processo de preparação, até o momento da conquista da aprovação, consiste na paciência. E se é verdade quetal condição é fundamental, não é menos verdade quea sua falta por trazer lamentáveis conseqüências.
O objetivo do presente texto consiste no desenvolvimento de algumas considerações e apresentação de reflexões sobre a importância da paciência ao longo do processo de preparação para o concurso público.
Não é difícil identificar uma situação na qual somos acometidos pela falta de paciência. Se formos estudar o presente fenômeno psicológico-emocional-comportamental, podem ser mobilizados uma série de conceitos e construções para identificar o que está por trás da sua manifestação, inclusive no plano bioquímico, em termos de sensações experimentadas a partir de interações e ações bioquímicas, bem como em termos neurofisiológicos.
Porém, não é preciso partir para uma investigação mais profunda e precisa para que o candidato a concursos públicos perceba que está passando por um momento ou por momentos de impaciência.
Uma sensação que podemos associar a este cenário consiste naquela que chamamos deangústia. Outra que contribui com o agravamento trata-se da falta de resiliência. Aresiliência envolve a capacidade de resistir às adversidades.
Existem dois principais fatores que exigem paciência do candidato e, ao mesmo tempo, implicam na falta de (paciência). Um corresponde ao fato de que o processo de preparação para concursos públicos consiste em objetivo de longo prazo e deve ser encarado como tal. Outro é que ao longo deste processo surgirão obstáculos e derrotas, as quais correspondem às reprovações.
Neste sentido, tenho uma hipótese relevante: caso o candidato soubesse quanto tempo levaria até a aprovação, ao longo do período em que se mantém empenhado estudando, e tendo a certeza de que viria, por maior que fosse o tempo, esta falta de paciência não existiria ou seria menor.
Imagine duas situações. Numa primeira um candidato começa a estudar, sendo certo que passará no concurso pretendido em dois anos, mas não sabendo deste fato e, portanto, não tendo idéia de quando tempo levará até ser aprovado. Na outra situação um candidato irá estudar ao longo de quatro anos, tendo a certeza de que ao final do referido período, cumprindo determinadas condições em termos de dedicação aos estudos, estará com seu nome na lista de aprovados, e de forma garantida.
Qual dos dois sofrerá mais com a falta de paciência? O primeiro, que levará a metade do tempo que o segundo, mas não tem consciência de quando a aprovação virá, ou o segundo, que levará o dobro do tempo, mas sabe e tem a certeza do momento em que será aprovado? Minha hipótese é de que o primeiro precisará mais desta condição chamada paciência do que o segundo!
Portanto, se o candidato soubesse quando seria aprovado, por mais longo que fosse o lapso temporal até a aprovação, sofreria em menor proporção com a falta de paciência.
Isto se relaciona inclusive com a natural dificuldade do ser humano para lidar com as incertezas e com a insegurança, o que, aliás, conta com um componente evolucionista, relacionado ao risco de sobrevivência.
Porém, a verdade é que não temos como saber o momento da aprovação. E assim, o candidato precisa contar com paciência ao longo do processo de preparação. Inclusive, a carência de paciência pode ser determinante para que o candidato desista da busca do cargo público almejado.
Mas como fazer para trabalhar a paciência e não ser vítima da sua falta?
Sem prejuízo de outras estratégias, a primeira atitude importante consiste na compreensão de que o processo de preparação para concursos públicos envolve um objetivo de longo prazo.
No meu caso, levei exatos quatro anos para ser aprovado no concurso de Juiz do Trabalho, considerando o momento em que iniciei os estudos e o resultado da prova oral. É bem verdade que neste meio tempo passei em outros concursos e assumi alguns dos cargos para os quais objetive a aprovação. Porém, foram quatro anos até a aprovação. E tenho amigos que levaram cinco, seis e sete anos.
Além da referida compreensão, conforme venho reiteradamente sustentando, é importantecontar com um planejamento de estudo e focar na sua execução. Daí porque proponho a idéia do Foco no Processo, ao invés do foco no resultado.
Ou seja, o foco deve ser na execução do planejamento. A satisfação de cada dia ou semana deve ser decorrente do cumprimento das metas estabelecidas em termos de execução do planejamento.
Exatamente por isto é importante trabalhar com metas de curto prazo. Não por acaso, o Sistema Tuctor conta com uma série de indicadores de metas e metas de desempenho, sendo que o Extrato da Conta de Estudos tem por fim exatamente mostrar como o candidato evolui, consistindo em mecanismo de monitoramento.
De qualquer forma, independente da estratégia adotada, o primeiro passo é tomar consciência da vulnerabilidade que temos à falta de paciência. E a partir daí, adotar atitudes para não sermos vítimas deste perigoso fenômeno.
E você, carece de paciência? Concorda com a idéia proposta para superar este obstáculo?
Bom estudo, com muita paciência e disposição!
FONTE:
http://www.concursospublicos.pro.br
Prof. Rogerio Neiva:
- Juiz do Trabalho desde 2002
- Procurador de Estado de junho de 1999 a agosto de 2000
- Advogado da União (AGU) de março de 2001 a agosto de 2002
- Professor Universitário (graduação) – desde de 2000
- Professor de Cursos Preparatórios para Concursos – desde 2000
- Pisocopedagogo com pós graduação latu sensu em psicopedagogia clínica e institucional
- Pós Graduado latu sensu em Direito Público – UDF
- Pós Graduado em Administração Financeira – FGV
- Pós Graduando em Neuroaprendizagem
- Desenvolve orientação voltada à preparação para concursos públicos, a partir de abordagem empírica e científica, trabalhando com três eixos conceituais: Planejamento, Aprendizagem e Gestão Emocional
- Vice-Coordenador da Escola da Magistratura do Trabalho da 10ª Região – Gestão 2005/2007 e 2009/2011
- Membro da Comissão do Conselho Nacional de Justiça instituída para estudos sobre a Emenda Constitucional 62
- Criador do SISTEMA TUCTOR
Autor dos Livros:
- “Como se preparar para Concursos Públicos com Alto Rendimento “; Ed Método; 2010;
- “Concursos Públicos e Exames Oficiais: Preparação Estratégica, Eficiente e Racional”; Ed Atlas; 2009;
- “Temas de Direito do Trabalho aplicado à Administração Pública e a Fazenda Pública no Processo do Trabalho”; Ed Fortium, 2005;
Oferecimento:
Os nobres Guerreiros, poderão deixar perguntas em comentários aqui no "BLOG CONCURSEIRO GUERREIRO" ou se preferirem podem envia-las para o e-mail: concurseiroguerreiro@hotmail.com - destas selecionaremos uma para produção de um texto escrito pelo próprio Dr. Rogerio Neiva. Avante Guerreiros! DEUS É GRANDE!
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