Os
pecados capitais levam os homens à condenação já os pecados dos concursos,
levam à reprovação, desânimo e desistência. Portanto, é importante comentar
quais são os pecados dos concurseiros. Mas antes, vamos lembrar quais são os
pecados capitais.
Os
pecados capitais são os seguintes: gula, soberba, inveja, preguiça, ira,
luxúria, avareza. Vamos vê-los agora em sua manifestação concurseira:
A gula
é a pressa de passar. Como sempre digo: concurso se faz não para passar, mas
até passar. Assim, esqueça a pressa e comece a estudar com regularidade,
planejamento e antecedência. Os concursos estão vindo aos montes, e continuarão
assim. A aprovação é resultado de um processo longo, mas é algo que você – se
trabalhar direito – pode contar.
A soberba
é a arrogância, o achar que já se é o “Sabe-Tudo”, o “rei da cocada preta”.
Muitos candidatos inteligentes e bem formados são vítimas da soberba, ao passo
que os menos capazes, mas esforçados, chegam lá, assim como na história da
corrida da lebre com a tartaruga. A humildade nas aulas, no estudo, nas provas,
em todo o processo, enfim, é o caminho para a glória.
A preguiça.
Nem é preciso escrever nada. A palavra é autoexplicativa. Mas deixe-me dizer
uma coisa: eu sou meio preguiçoso. Só que sempre fazia o que devia ser feito,
quando, me imaginava desempregado e sem grana, caso deixasse a preguiça me
dominar.
A inveja
acontece quando o concurseiro fica vigiando a vida, as notas e as coisas boas
que os outros possuem ao invés de ir resolver a própria vida. É impressionante
como as pessoas pecam ao se compararem com os outros e dedicarem-se à
reclamação e à autocomiseração em vez de estudarem e treinarem.
A ira
representa deixar-se estourar, ou desanimar, pela enorme quantidade de fatos
que têm justificadamente esse condão: cansaço, carteiras duras (do curso e a
sua), dificuldades com a família, com a matéria, os absurdos ou fraudes em
concursos, taxas de inscrição abusivas etc. haja paciência! (Ops! Estamos
falando de pecados e não de virtudes...). Nessas horas, não adianta irar-se. O
jeito é ir estudar, pois um dia a gente passa, apesar de tudo.
A luxúria
é talvez o maior pecado. Veja nela o lazer exagerado, as viagens, passeios
baladas e tudo o mais que é delicioso, um luxo, e que nos tira tempo para
estudar e trinar. Pois bem, equilibrar estudo e lazer, administrar bem o tempo
e saber estabelecer as prioridades é essencial para chegar ao reino dos céus,
digo, da nomeação.
A avareza
tem duas manifestações. A primeira, do candidato, quando economiza nos
investimentos necessários para ser aprovado. Vale a pena escolher os melhores
livros, cursos e gastos, que incluem até mesmo os exames de saúde para estar
bem e enfrentar a maratona dos concursos. A segunda avareza, a pior delas,
ocorre quando o cidadão passa e deixa de utilizar o cargo e os poderes e
competências dele para o bem da coletividade. Não sejamos avaros com o país,
nem com o povo que o (e nos) sustenta. Ao passar, para não ser blasfemo, herege
ou apóstata, é preciso devolver ao povo o quanto nós custamos. Isso pode ser
feito com trabalho, eficiência, simpatia, honestidade e entusiasmo. Cumprir o
dever, e se puder, um pouco mais.
Pois
é, que Deus nos livre dos pecados capitais e do concurso. E que façamos nossa
parte, dando nossa parcela de fé e sacrifício, para chegarmos à Terra
Prometida, ao Paraíso, com méritos dos santos. “Santo”, por sinal,
significa, etimologicamente, “separado”. Gente que passa em concurso é assim:
meio diferente da média, mais dedicada, mais focada. Isso é santidade.
No
fim, os votos de que alcancemos os frutos do Espírito, que, na Bíblia (Gálatas
5:22), se opõem aos pecados capitais: amor, alegria, paz, paciência,
delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio. E, claro, passar
em concursos.
William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller “Como passar em provas e concursos” – www.williamdouglas.com.br.
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Sensacional... Como sempre!
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