Os
concursandos que aguardavam por um posicionamento do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão (MPOG) sobre o concurso do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já
podem comemorar. Saiu no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, dia
27 de julho, por meio da portaria n. 302, que o IBGE foi autorizado a realizar um concurso público com 600 vagas de
níveis médio e superior.
As
oportunidades foram distribuídas do seguinte modo: serão 460 ofertas para técnico em informações
geográficas e estatística; 90 para analista
de planejamento, gestão e infra-estrutura em informações
geográficas e estatística; e 50 para tecnologista em informações geográficas e estatística.
Conforme
já vinha sendo noticiado pelo JC,
o pedido de concurso do IBGE estava
avançando a passos largos dentro do MPOG, indicando que o aval seria
concedido em pouco tempo. A expectativa era de que a autorização fosse para 660
vagas, 60 oportunidades a mais do que a quantidade de fato aprovada.
Quanto a
divulgação do edital de abertura das inscrições, a portaria n. 302 publicada no
DOU estabelece que o IBGE tem
até seis meses, ou seja, até o dia 24 de janeiro de 2016, para lançar o
documento. Entretanto, a publicação do Diário Oficial também diz que o
provimento dos cargos deverá acontecer a partir de dezembro de 2015. Sendo
assim, os candidatos podem esperar por novidades sobre o concurso ainda este
ano.
Os cargos
do concurso do IBGE
Ensino médio concluído em instituição reconhecida pelo
Ministério da Educação (MEC) é requisito para concorrer ao emprego de técnico do IBGE. A remuneração inicial para esta
função parte de R$ 3.471,85 e chega a R$ 5.011,01 com a Gratificação por
Qualificação (GQ) no nível máximo e o auxílio alimentação.
As
profissões de analista e tecnologista são destinadas
aos candidatos com formação
superior em qualquer área de atuação. O salário vigente para ambos os
postos corresponde a R$ 7.373,49, podendo alcançar o valor de R$ 9.107,88 com
a Retribuição por Titulação (RT) no nível de Doutor e o benefício de
refeição inclusos.
Servidores
do IBGE também
recebem, como benefícios, além do auxílio-alimentação de R$ 373,
auxílio-transporte e assistência à saúde (médica e odontológica), que é
opcional e pode ser usufruída por funcionário e seus dependentes.
Sobre a solicitação do concurso
Em agosto
de 2014 o IBGE enviou
ao Ministério do Planejamento um pedido para abertura de concurso com 1.564 oportunidades no órgão. Porém, o Instituto
afirmou em uma reunião com a ASSIBGE-SN (sindicato nacional do órgão) que
pretende abrir apenas 660 vagas – 904 a menos do que o esperado, sendo 440
voltadas para o posto de técnico, que exige nível médio, e 220 para
profissionais graduados, nas funções de analista ou tecnologista.
Quanto
aos locais de trabalho, as vagas seriam lotadas nas agências do instituto no
interior do País e nas sedes estaduais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A redução
das ofertas foi considerada "decepcionante" pela ASSIBGE-SN.
"Existia uma previsão inicial de abertura de cerca de 1.500 vagas, que
ainda assim seriam insuficientes para suprir a defasagem de profissionais do IBGE", afirmou Matheus Canário,
representante do sindicato.
Defasagem
no IBGE
De acordo
com a assessoria do IBGE,
há uma grande defasagem de pessoal no instituto. As aposentadorias concedidas
nos últimos anos fizeram com que, agora, o IBGE enfrente uma falta de
pessoal. A informação é também confirmada pelo sindicato. "Temos
hoje vários
servidores
sobrecarregados de trabalho, já que o IBGE faz concursos esporádicos e com
vagas insuficientes para repor o quadro", acrescenta Canário.
Com 578
agências espalhadas pelos principais municípios brasileiros, o IBGE possui aproximadamente 5.760
funcionários efetivos, segundo levantamento de março de 2014. O problema é que,
de acordo com Susana Drumond, executiva nacional da ASSIBGE-SN, o atual quadro
de pessoal diminuirá drasticamente nos próximos anos, pois quase 70% dos
servidores têm mais de 26 anos de tempo de serviço.
Para os
cargos com exigência de ensino médio, a situação é ainda mais crítica, já que o
índice de funcionários efetivos com mais de 26 anos de serviço chega a 82%.
FONTE: JCCONCURSOS
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