sexta-feira, 18 de maio de 2012

Inteligência emocional – O que é e como contribui para os estudos?


Temos várias inteligências e sabemos que elas são definidas geneticamente, mas qualquer uma das funções da inteligência pode ser aumentada através da prática, de técnicas de uso, e do estímulo repetitivo.    
É possível aprender a jogar bola, treinando, praticando e aprendendo algumas técnicas que iram aumentar sua inteligência motora para o futebol, mesmo que não chegue a se tornar um jogador da seleção. Assim também podemos aumentar o controle da lógica sobre a resposta emocional, aumentando a inteligência emocional.
O desenvolvimento da inteligência emocional faz crescer em nós a paciência e o equilíbrio, nos proporcionando a capacidade de pensar antes de agir mesmo em situações desafiadoras. Ser inteligência é utilizar os recursos mentais para construir um caminho favorável na direção dos nossos desejos. Para isso é necessário o controle da emoção, do pensamento e do comportamento, exatamente nessa sequência. Porque nossas ideias, que surgem da razão e que modelam nossos comportamentos, são primeiramente fecundadas pela emoção. Pensar antes de agir, nos possibilita responder de forma assertiva, sem a impulsividade irracional do emocional, principalmente quando este está desequilibrado. Sabemos que situações não controladas, geram respostas impensadas. Talvez por isso que o famoso conselho ‘conte até 10 antes de responder’ funcione, ele é uma forma metafórica de dizer: ‘pense antes de responder, não se deixe a emoção te dominar e responder por você’. Além disso, ‘contar até 10’ é um tempo necessário para neocórtex de processar a situação racionalmente, evitando as atitudes destemperadas do emocional.  Kant uma vez disse: “a paciência pode ser na fortaleza dos fracos, assim como a impaciência pode se transformar na fraqueza dos fortes”.
É possível tornar-se menos vulnerável aos ‘sequestros emocionais’ através de um preparo emocional. Saber como funcionamos, como são as emoções, os pensamentos, o cérebro e a memória, bem como algumas práticas, trazem um grande desenvolvimento da Inteligência Emocional que é parte fundamental do Preparo Emocional.
Contribuição do conhecimento da inteligência emocional para o estudo.
Apesar do conceito de Inteligência Emocional estar já bem difundido, poucas pessoas possuem um bom índice de Coeficiente Emocional.  A boa notícia é que a Inteligência Emocional pode ser desenvolvida, aprendida e estimulada de forma prática e simples, através de ferramentas adequadas.
O conceito de inteligência emocional nos ensina que ignorar o poder das emoções na vida mental é um erro gravíssimo e muito comprometedor. Quando se trata de modelar nossas decisões e ações, o sentimento geralmente é mais influente e decisivo do que o pensamento. O excesso de atenção dada ao racional permite que emocional se mantenha inconsciente e nos domine sem que percebamos. Atualmente é vital trazermos o emocional para a luz da consciência e conhecer suas qualidades e carências, bem como suas virtudes e fraquezas. Nossa inteligência racional de nada vale, quando emoções desequilibradas nos dominam e sequestram nossa razão.
Temos dois hemisférios cerebrais, duas mentes, dois grandes grupos de inteligências. Ao contrário do se pensava, elas não são e nem estão separadas, e apesar de funcionarem de formas diferentes se complementam e cooperam mutuamente. Trabalho com a hipótese de que o bom desenvolvimento cerebral acontece quando ambos se desenvolvem juntos, se houver o desenvolvimento de apenas um, este terá um limite. Ou seja, se trabalharmos apenas a inteligência racional, chegará um momento que ela não desenvolverá mais de forma saudável, a menos que receba a colaboração da inteligência emocional que deverá estar em um nível similar de desenvolvimento, e vice-versa. É como se o desenvolvimento saudável de uma dependesse do desenvolvimento também saudável da outra.
Vejamos alguns exemplos comuns: Pessoas com uma vida emocional rica, geralmente tem muitos bons amigos, são bem relacionadas, compreensivas, solidárias, e seus relacionamentos afetivos são bons e duradouros. Mas em geral possuem dificuldades de lidar com financias, não conseguem levar adiante seus projetos, não crescem profissionalmente apesar de seus méritos. Pensamos até que a vida não é justa com elas, e que mereciam ter uma vida melhor por serem tão bacanas. Mas a vida não tem nada haver com isto, simplesmente elas têm dificuldades nestes setores porque dão valor demais ao emocional e de menos ao racional. 

A situação inversa é a mais comum e o resultado também não é nada bom. Veja como a maioria das pessoas brilhantes racionalmente possui uma vida profissional bem sucedida, mas uma vida pessoal muito ruim. Costumam não ter muitos amigos, a não ser os interesseiros, e seus relacionamentos íntimos em geral são conturbados e de pouca durabilidade, ou são pessoas solitárias, isoladas, e até deprimidas.

Nos estudos, como se manifestam estes desequilíbrios entre a inteligência racional e a inteligência emocional? Os estudantes com tendência mais racional, geralmente tem mais facilidade com as matérias de exatas e dificuldade nas matérias de humanas, já os com a tendência mais emocional a dificuldades aparecem nas exatas e a facilidade nas humanas. Até aqui nada de novo, mas aonde isso atrapalha na hora dos estudos? Quando estas características nos sabotam?  O estudante com a tendência mais emocional pode desenvolver uma rejeição às matérias de exatas provocando um bloqueio mental para este tipo de matéria. Ao estudá-las, fica com sono, tédio, se distrai com muita facilidade. Não consegue aprender de jeito nenhum. Já o aluno com a tendência racional vai apresentar as mesmas dificuldades com as matérias que exigem mais memorização e tempo de estudo, estará sujeito a todo tipo de distração, sentirá muita irritação e ansiedade, além é claro, de ter muita dificuldade de memorização destas matérias. 

Com certeza você se percebe em algum destes exemplos descritos, mas saiba que todos estes bloqueios podem ser muito amenizados com o desenvolvimento equilibrado das inteligências emocional e racional. Claro que temos nossas preferências e facilidades, e sempre vão existir matérias que nos são mais fáceis e prazerosos que outras, mas com o equilíbrio emocional/raciona teremos uma maior homogeneidade no aprendizado. Seremos então ótimos em algumas matérias e excelentes em outras.

O segredo é o equilíbrio da razão e com a emoção, do pensamento com o sentimento. Sabemos que é no caminho do meio que está a virtude. Podemos afirmar que o cérebro pensante tem a função de executar nossas emoções de forma adequada e apropriada. Gosto de dizer que "a emoção indica aonde queremos ir, e a razão nos faz chegar lá da forma mais inteligente possível".

Alexandre Maia

Alexandre Maia, Psicólogo, com especialização em Psicoterapia Breve, Gestalt Terapia e Terapia Cognitivo Comportamental. Autor, com três livros publicados na áreas de auto-conhecimento “Assim dizia o velho ditado” Editora Lacerda; e “Se conselho fosse bom...” Editora Maud; "Preparo Emocional para passar em provas e concursos" Editora Impetus. Coaching com especialização em Coaching Executivo, live Coaching, Emotion Coaching e criador do Coaching Vital onde aplica tecnicas de Coaching e Terapia Cogniiva Comportamental aliada a práticas de respiração, relaxamento e tecnicas vibracionais exclusivas.

                           Oferecimento:



Nenhum comentário:

Postar um comentário