sábado, 20 de agosto de 2011

A prática ajuda a passar no concurso?

Caro Professor,
Tenho enfrentado a dificuldade conciliar a vida de um concurseiro com a rotina de trabalho, pois não tenho condições de ficar por conta dos estudos. Assim, tenho que estudar e advogar.
Mas o que gostaria mesmo de saber é se advogar no ramo do direito relacionado ao concurso pretendido ajuda. O que acha?
Atenciosamente,
Thomaz.

Caro Thomaz,
Em tese, ou seja, na teoria, entendo que não há incompatibilidade, mas complementariedade.
Digo isto inclusive com bases científicas. Seria o que Jean Piaget, um dos pais das ciências da aprendizagem, chamaria de aprendizagem operatória. Aliás, tem sido comentado entre os estudiosos da aprendizagem um método de estudos baseados na solução de problemas concretos, denominado PBL (Problem-Based Learning – PBL), muito usado na medicina.
Porém, na prática, infelizmente ou felizmente, é um pouco diferente, por diversos motivos. A começar pela rotina, a qual impõe limitações em termos de tempo de estudo.
Além disto, o conhecimento objeto de cobrança nas provas de concursos não necessariamente é compatível com o que é mais comum na prática. Dou como exemplo uma questão recentemente cobrada numa prova da Magistratura do Trabalho sobre a estabilidade dos representantes de trabalhadores no Conselho Curador do FGTS. A referida regra atinge apenas 6 trabalhadores, ou seja, trata-se de uma norma que alcança apenas e tão somente 6 relações jurídicas, num universo de milhões. Daí indago: qual a relevância e repercussão prática? Zero! Mas cai na prova. E já caiu em outras provas além da mencionada.
Não quero sustentar que quem estuda e advoga não passa em concurso. Mas o que digo é que é mais fácil a preparação para o concurso agregar à advocacia do que o contrário. Neste sentido, sugiro a leitura de dois textos abaixo, da pauta do Relato de Êxito, do Blog:
Espero que estas ponderações ajudem…
Abcs!
Rogerio Neiva

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