domingo, 18 de dezembro de 2011

PC-SP planeja concursos para investigador e escrivão


Durante a cerimônia de nomeação de 967 policiais civis, sendo 610 investigadores e 357 escrivães, nesta sexta-feira, dia 16, na Academia de Polícia, o delegado geral, Marcos Carneiro Lima, apontou a necessidade de fazer novos concursos para escrivão e investigador. 
O objetivo é preencher as vagas remanescentes do último concurso e também os postos que vagaram. Há neste momento 443 vagas remanescentes de investigador e 91 de escrivão. "Nós vamos pleitear o preenchimentos dos cargos que já existem. Hoje, nós temos uma defasagem enorme. Para se ter uma idéia, para investigador já tem mais de mil e tantas vagas em aberto, independente das nomeações que estão sendo feitas", apontou o delegado geral. Além disso, Marcos Carneiro disse que também está pleiteando a transformação de 1.000 vagas de carcereiro em 1.000 de agentes policiais.
O governador de São Paulo  sinalizou favoravelmente à realização dos concursos  para investigador e escrivão."Esses claros da Polícia Civil, o secretário ja pode tomar as providências para abrir novo concurso público e fortalecer o trabalho da Polícia Civil, que é de polícia investigativa, judiciária", declarou Geraldo Alckmin, no mesmo evento.
Já a transformação das vagas de carcereiro em agente policial dependem da aprovação dos deputados. Por isso, será necessário enviar um projeto de lei ao legislativo. A proposta também já tem o aval do chefe do executivo.  "Em fevereiro a gente já manda o projeto de lei para a Assembleia Legislativa de São Paulo", afirmou o governador, após o evento. Caso o projeto seja aprovado pelos deputados, ainda deverá ser sancionado pelo governador. Somente depois, o Alckmin poderá autorizar as vagas para concurso.
O número exato de vagas a serem disponibilizadas para as carreiras ainda não foi definido, mas o delegado geral estima que serão oferecidas cerca de 2.000 vagas para escrivão e investigador, além das 1.000 para agente policial. "De investigador são mil e poucas vagas. Eu não tenho o número preciso agora, mas o que nós temos é isso, que tem vagas em aberto.  Escrivão está no mesmo nível de vagas em aberto que precisam ser preenchidas. Se tivermos condições, rapidamente, 3.000 pessoas vão assumir o papel de polícia para combater o crime e defender a lei. Vai ser o mais rápido possível', afirmou  Marcos Carneiro Lima.
Os cargos de escrivão e investigador exigem ensino superior em qualquer área. A remuneração inicial é de R$2.998,30  em cidades com menos de 500 mil habitantes e de R$  3.193,30 em cidades com número de habitantes superior, incluso o adicional de insalubridade de R$436. Já o cargo de agente policial requer ensino médio completo e carteira nacional de habilitação. Os ganhos são de R$2.561,64 e R$2.746,64, de acordo com a localidade. Os valores também consideram o adicional de insalubridade.
Nem o secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, nem o delegado geral informaram  quando o edital para os concursos de investigador e escrivão devem ser publicados, mas o discurso de ambos demostrou celeridade. "Nós vamos voltar para a Secretaria hoje, vamos conversar com o delegado geral e vamos começar a elaborar o edital. A maior pressa é nossa. Nós sabemos o quanto é necessário investigadores  e escrivães, principalmente escrivães. O gargalo da polícia judiciária é a falta de escrivão", destacou o secretário. Para o delegado geral, a necessidade em atender essa demanda também é urgente  "Vai ser o mais rápido possível. Isso é uma questão técnica, porque tem um procedimento, como que tudo que está no âmbito do governo obedece regras, para que sejam respeitados critérios do dinheiro público, mas superada essa fase rapidamente vão estar os editais de concurso", disse Marcos Carneiro.
Ferreira Pinto enfatizou que as vagas serão para o estado todo, embora a maior carência esteja no interior do estado. "Nós temos um número muito grande  de funcionários e escrivães ad hoc no interior". Um exemplo é Atibaia, que conta somente com um escrivão e um investigador. "Há  mais de setecentos inquéritos literalmente parados por falta de recursos humanos", enfatizou o secretário. Segundo o secretário de segurança pública, a seccionalização de concursos no passado foi uma falha, que será corrigida. "Em determinadas áreas, os aprovados foram em número maior que o número de vagas e em outras regiões os aprovados foram menor do que  número de vagas  e não houve reaproveitamento daqueles que ficaram como excedentes em determinada região. Essa foi uma experiência que não se revelou bem sucedida. O curso de formação passará a ser de três meses, com um mês de atividades práticas em distritos policiais para todas as carreiras. "O verdadeiro aprendizado dele vai ser no dia-a-dia, na delegacia", destacou o delegado geral.

FONTE: FOLHA DIRIGIDA

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