domingo, 30 de outubro de 2011

Policial, que é exemplo de superação, dá dicas aos concurseiros

O lema do também professor é "Se você não conseguiu se destacar pelo talento, vença pelo esforço."

"Se você não conseguiu se destacar pelo talento, vença pelo esforço". Esse é o lema do professor Marcelo Lessa, um grande exemplo de superação para quem está em busca do tão sonhado emprego público. Nascido em família humilde, Marcelo começou a trabalhar aos nove anos como vendedor de picolé. Depois disso, atuou em diversas áreas, como balconista de padaria, aos 12, quando teve a sua carteira de trabalho assinada pela primeira vez. Segundo ele, aos 15 anos as coisas começaram a mudar. "Tinha um amigo que fazia curso preparatório para a área militar. Um dia, ele me chamou para conhecer o local onde estudava. Fiquei super animado e saí de lá sonhando ingressar em um cargo público", contou. 
A princípio, o professor teve o apoio dos pais. Largou o emprego na padaria e se matriculou no curso. Como não conseguiu ser aprovado em nenhum concurso, seus pais voltaram atrás e fizeram com que ele voltasse a trabalhar. Não satisfeito com a proposta, Marcelo saiu de casa aos 16 anos para ir em busca de seus sonhos. "Nessa época, pensava que meu sucesso viria através do trabalho. Achava que quanto mais trabalhasse, mais teria condições de juntar dinheiro. O problema é que as pessoas se acomodam, viram escravas do trabalho. O tempo passou e, com 28 anos, tinha apenas o nível fundamental. Percebi que meu sonho era coerente, mas precisava escolher o caminho certo", afirma. 
Marcelo Lessa revela que, nesse período, despertou uma vontade de vencer e de recuperar o tempo perdido. "A primeira coisa que fiz foi comprar a FOLHA DIRIGIDA, o jornal das oportunidades. Na época, a minha única chance era para o cargo de soldado da Polícia Militar, que exigia o fundamental completo. Foi um passo importante, porque naquele momento dei um rumo a minha vida", relata. 
Embora tenha ficado feliz com a conquista, Lessa percebeu que ainda não era tudo o que queria. Depois de muito estudo e dedicação, em 2002 ele foi aprovado no concurso de papiloscopista da Polícia Civil e no vestibular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para o curso de bacharel em Direito. Em 2004, mais uma conquista: foi habilitado no concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), onde trabalha atualmente. 
Para quem ainda não acredita que a realização dos sonhos é possível, o policial deixa a dica: "A diferença entre o fracassado e o vencedor é que o primeiro cai e tem medo de levantar, de tentar novamente. Já o vencedor não desiste nunca. Por isso, continue investindo em seus sonhos", recomenda. Para finalizar, o policial ressalta que os futuros candidatos devem evitar o equívoco de pensar que o serviço público não exige reciclagem. "Dentro da administração pública, qualificação é fundamental", diz.

Fonte: Feira da Carreira Pública-RJ/Folha Dirigida

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