Todos temos aquelas
matérias que gostamos mais e aquelas com as quais não nos identificamos. Muitos
continuam evitando e protelando o estudo daquelas disciplinas que não gostam.
Entretanto, é importante saber que estudar é divertido, independente de gostar
ou não da matéria, estudar deve ser considerado algo prazeroso, um hábito de
vida, inclusive e principalmente o estudo daqueles assuntos que não valorizamos
muito ou com os quais não nos identificamos. Mantenha algo em mente:
Você não gosta de uma matéria porque a
aprende.
Você aprende uma matéria porque gosta
dela.
Se você quer começar a aprender uma
matéria,
Comece por aprender a gostar dela.
Portanto, se há
matérias que você não gosta ou que não quer lidar, está na hora de mudar de
atitude. Se até ontem você estudava mais as matérias que gostava. Agora, é hora
de gostar de todas e como gosta de todas, deve estudar mais as que ainda sabe
menos.
Tenho um amigo que
queria ser Promotor de Justiça. Ele adorava Direito Penal e Processual Penal e
detestava Direito Civil e Processual Civil. Por isso, só estudava o que
gostava. Eu disse a ele para estudar o que sabia menos. Cheguei a conseguir um
estágio com um excelente Promotor, exatamente na área em que ele era mais
fraco. Sabe por que ele não fez este estágio? Porque recebeu um convite para
estagiar no Tribunal do Júri, na área em que ele mais amava. Quando falou-me
isto, todo orgulhoso, eu disse que ele estava fazendo a besteira do século, mas
não adiantou.
O final da história é
que ele sempre ficou reprovado no concurso para Promotor exatamente em Direito
Civil e Processual Civil. Da última vez em que nos falamos, era Delegado de
Polícia (concurso em que não cai Direito Civil e Processual Civil). Ser
Delegado é uma das profissões mais emocionantes e interessantes que conheço, da
qual sinto saudades. O problema é que este não era o sonho do meu amigo. Ele
até então não tinha alcançado o seu sonho porque recusava-se a estudar matérias
que não gostava, mas que precisava saber para poder pertencer ao Ministério
Público.
Será que eu tenho o
direito de não gostar de alguma matéria? Depende, você pode desprezá-la se ela
passar no teste referido abaixo, o item: matérias que não queremos estudar.
EXISTEM MATÉRIAS QUE
PODEMOS NÃO ESTUDAR?
Você acabou de ler
sobre as matérias que gosta e as que deve começar a gostar. Por outro lado, há
matérias que gostaríamos de não ter de estudar. Isto é possível? Bem, depende
de um julgamento a ser feito:
Dá para viver sem essa matéria?
A resposta vai indicar
o melhor caminho:
1) Você vive sem ela. Eu, por
exemplo, nunca gostei de química, apesar de cair no vestibular. Lendo o edital,
verifiquei que haveria um provão com 90 questões, sendo 9 de química (apenas
10% do total em jogo). Para passar no provão era preciso acertar 50% da prova.
Nas específicas, cairia apenas português, inglês, história e geografia.
Cheguei à conclusão de que com o tempo que
iria gastar até aprender química para acertar alguma das 9 questões, era melhor
estudar mais as outras matérias (principalmente as que cairiam na prova
específica). Com efeito, deu para viver sem química. Passei no vestibular e
nunca precisei gostar dela.
2) Não dá para você viver sem ela.
Isto acontece quando a matéria é essencial para se passar na prova. Dependendo
do concurso, há matérias indispensáveis, aquelas cujo peso na pontuação geral é
muito grande ou que são eliminatórias. Também já aconteceu comigo com Direito
Comercial, por exemplo, que tive de aprender para tornar-me Juiz de Direito. Em
casos como esse, amigo o melhor conselho é aprender a amar a matéria, para
poder aprendê-la e tirar o melhor que puder desse aprendizado.
Portanto, se você não
pode deixar de estudar uma matéria, lembre-se de que estudá-la é a chave para a
mudança de vida e o novo futuro que você tem planejado, há tanto tempo.
*William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e
autor de mais de 40 obras, dentre elas o best-seller “Como Passar em Provas e concursos”www.williamdouglas.com.br. Acompanhe-o nas redes sociais (@site_wd, William
Douglas - Figura Pública e Comunidade William Douglas)
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