A Polícia Científica de Goiás segue com os preparativos para o concurso previsto. A seleção é esperada desde outubro de 2012, quando o então secretário de Segurança Pública, João Furtado, anunciou a realização do concurso. Segundo a corporação, a Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento de Goiás (Segplan-GO) analisa o quantitativo de vagas que será ofertado e como se dará a divisão por áreas.
Para entender melhor o quadro atual de funcionários e a seleção prevista, a FOLHA DIRIGIDA Online conversou com a superintendente de Polícia Técnico-Científica, Rejane da Silva Sena Barcelos. "O pleito do concurso já está em andamento. O concurso do ano de 2010 teve inúmeras demandas judiciais atrasando o pleito de um novo concurso."
Rejane relata que atualmente o órgão possui 1.147 servidores, sendo 240 efetivos do Estado, 376 comissionados e 531 efetivos da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) - na capital e interior, que incluem os cargos de perito criminal, médico-legista, desenhista criminal, fotógrafo criminal, auxiliar de autópsia e auxiliar de laboratório. "O quadro atual, infelizmente, é insuficiente, pois a demanda é crescente. Em torno de 15 peritos e dez médicos se aposentam no ano que vem."
Sobre a oferta de vagas prevista - 158 para médico legista, 140 para papiloscopista policial, 266 para perito criminal e mais de 100 para o cargo de auxiliar de autópsia -, a superintendente confirmou que este total está correto na maioria dos cargos, ocorrendo algumas exceções, mas não informou quais. "A lotação será para todas as regionais da Polícia Técnico-Científica e já há distribuição prévia das vagas conforme a análise de casos de cada regional."
De acordo com Rejane, os aprovados na função de perito e médico-legista recebem inicialmente R$5.700. Já os habilitados para os cargos de auxiliar de autópsia, auxiliar de laboratório, fotógrafo e desenhista recebem R$2.711. Os funcionários são contratados pelo regime estatutário, que garante a estabilidade empregatícia.
"O bom profissional sempre cresce e, com ele, a instituição. A Polícia Científica precisa estar junto à Universidade para que o conhecimento técnico-científico seja sempre atual, proporcionando, assim, melhores respostas ao inquérito policial e, consequentemente, à população. Portanto, estudar sempre é necessário para uma boa resposta aos inquéritos policiais. Há promoção por merecimento", ressaltou a superintendente. Segundo ela, este concurso irá representar a descentralização do atendimento e maior rapidez às ações da corporação, bem como um melhor atendimento à população. O objetivo da Polícia é empossar os aprovados no ano que vem.
"O trabalho na Polícia Técnico-Científica é contagiante! Amo o que faço e tenho certeza de que se dedicando aos estudos estarão ao nosso lado trazendo melhorias às investigações. É muito bom podermos firmar nossa convicção embasada nos conhecimentos das ciências naturais, além de estar vinculada à verdade real dos fatos. Aguardamos vocês com muito carinho. Precisamos de dedicação, boa postura, honestidade, esperança, perseverança, pois tudo que se faz com amor, o retorno é positivo. Boa sorte", diz Rejane aos interessados no concurso.
Projetos - À frente da Polícia Técnico-Científica de Goiás, Rejane da Silva tem alguns objetivos traçados. Entre eles estão: descentralizar a corporação dando maior velocidade às respostas aos inquéritos policiais; efetivar os Núcleos Regionais da Polícia Técnico-Científica (NRPTC) de Aparecida de Goiânia – em fase de construção; reestruturar o NRPTC de Itumbiara – em fase de construção; curso de aperfeiçoamento aos peritos criminais nas áreas que proporcionam autoria dos delitos como balística forense, papiloscopia forense e DNA forense; efetivar o NRPTC de Campos Belos construído em área do estado por parceria público privada. "Com essa ação os municípios de atendimento do NRPTC de Formosa serão redistribuídos dando rapidez no atendimento pela menor distância a ser percorrida."
Além disso, Rejane informa que há projeto para construir um Instituto de Criminalística na região do entorno do Distrito Federal, no NRPTC de Luziânia, o qual terá os treze laboratórios - Biologia forense, DNA forense, análise instrumental, toxicologia forense, balística forense, documentoscopia forense, fotografia forense, desenho e retrato falado, informática forense, papiloscopia forense, engenharia legal e meio ambiente, evidências diversas, contabilidade forense - do Instituto de Criminalística Leonardo Rodrigues em Goiânia. Com isso, segundo ela, ocorrerá velocidade nos exames e existirão dois pólos de atendimento laboratorial no estado.
FONTE: FOLHA DIRIGIDA
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