quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Depoimento de um Concurseiro Guerreiro: Felipe Sales - aprovado no concurso inspetor de Polícia Civil-RJ

Confira o depoimento do Concurseiro Guerreiro Felipe Sales:

Grande Guerreiro,
Primeiramente queria te parabenizar pela iniciativa. Quando pensamos em um projeto, de início não temos ideia do alcance de nossas palavras e de nossas atitudes, mas quando vemos a proporção que as coisas tomam ficamos satisfeitos com os resultados. Acredite, você incentiva muita gente assim como tem feito comigo. Sua história é "duca" e desde já te admiro pacas. Quando pensamos em desistir por coisas pequenas, vemos você aí na sua luta com toda força e percebemos que nossos problemas são pequenos e nos envergonhamos de pensar em desistir.
Tenho 35 anos e há 14 anos , aos 21 de idade, fazia faculdade de informática quando decidi que minha vida deveria tomar um rumo diferente. Muitas pessoas tentaram me desanimar, pois naquele momento meu futuro estaria praticamente garantido dentro da área em que estava trabalhando, mesmo assim resolvi ir em frente e dar o primeiro passo do meu projeto.
Comecei a estudar para o concurso que estava aberto, Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, cargo Inspetor de Polícia e Oficial de Cartório Policial. Num primeiro momento me senti perdido, pois entrei em um mundo até então desconhecido. Primeira vez que abri o Vade Mecum, acreditava que encontraria Capitulos e Versículos. Rs Vergonhoso, mas verdade. Minha vontade de vencer era tremenda que me matriculei em um curso de segunda a sexta na parte da noite. Trabalhava de 8hs as 17hs e saia da zona norte do RJ para o Centro, cerca de 40Km para estudar em um curso de 18hs as 22hs e depois voltava pra casa, pois no dia seguinte tinha que estar no trabalho as 08hs novamente.
Foram 4 meses de batalha, passei a engolir Direito Penal, Processo Penal, Constitucional, Administrativo, Português e Informática.
Depois de 3 meses o curso terminou e eu ainda não me sentia preparado para prestar o concurso, foi quando tive a idéia de reunir um grupo de alunos e então contratar um professor de Português para nos dar aula aos domingos.
Via amigos curtindo baladas, festas, confraternizações e eu ali, estudando. Não tinha muito tempo, o concurso estava próximo e na minha cabeça, só tinha aquela chance de passar.
Quando me inscrevi, fiz para dois cargos, Oficial de Cartório Policial e Inspetor de Polícia e a primeira prova foi para Oficial de Cartório. Não passei. De 100 questões, acertei apenas 51 das 60 necessárias para a aprovação. Entre essa prova e a do cargo de Inspetor de Polícia, o prazo de 1 semana. Percebi que fui muito mal em Informática e não admiti aquilo já que trabalhava na área. De 20 questões, acertei apenas 14. Tinha que melhorar e então passei a semana entre uma prova e outra apenas engolindo questões de informática.
Quando da segunda prova a tão sonhada aprovação veio. Das 100 questões consegui 67 delas, com 20 acertos em Informática (Gabaritei).
Olhei para o resultado umas 10 vezes sem acreditar. Nos cursos preparatórios, muitos advogados, bacharéis em Direito e eu ali, recém enganjado no Direito. Por muitas vezes pensei que não conseguiria a classificação, diante da concorrência.
A angústia só acabou quando descobri que os 67 pontos obtidos na prova foram suficientes para a classificação. Vi muitos advogados ficarem pra trás.
Na época em que prestei esse concurso, a exigência do cargo era nível 2 Grau, hoje meu cargo exige nível superior para o ingresso.
Mesmo sem ter tal exigência, resolvi me especializar na área em que passaria a atuar, mas por diversos problemas pessoais, sempre ingressava na faculdade e trancava antes mesmo de concluir o semestre, até que em 2011 resolvi retornar ao status de "concurseiro guerreiro". rs . Vi que para isso precisaria do nível superior e então ingressei na faculdade de direito.
Hoje estou indo pro décimo período, já aprovado na OAB apesar de ser incompatível com o exercício da advocacia conforme o artigo 28 do estatuto da OAB. Tracei como meta a conclusão do curso de direito e com isso, consequentemente a aprovação na ordem, mesmo sem poder exercer.
Desde já estou estudando para diversos concursos. Como bem disseste em um de seus vídeos, devemos subir degrau a degrau e assim vou vivendo. Meu objetivo é o MP, mas se vier antes Oficial de Justiça ou Delegado estarei de peito aberto para exercer e continuar estudando sempre em prol do meu objetivo maior.
Estudar nos torna pessoas vivas, abre nossas mentes, aumenta alto estima e nos faz sonhar e realizar, pois de nada adiantaria sonhar sem poder viver o sonho.
Espero que os guerreiros nunca desistam, pois sou a prova viva de que nossos objetivos são alcancáveis.

Grande abraço e

AVANTE GUERREIROS!

Felipe Sales

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