segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

‘O JOGO DOS ERROS’

“Duas horas é muito pouco!” Esta foi a exclamação de uma leitora diante do artigo do domingo passado. Ela se surpreendeu com a afirmativa de que duas horas de estudos, mantendo o ritmo diário até o final de 2016, é um bom caminho para se ter um feliz 2017. De fato, aprende-se poucas coisas em duas horas de estudos. Mas, considerando o projeto de um ano, teremos um tempo considerável. Excluindo os domingos, que serão 52 neste ano, sobram 314 dias. Argumentaria o leitor: “Eu estive nas baladas de ano novo até ontem. Exclua esta primeira semana de 2016 e eu terei 306 dias”. Então, espero que você esteja disposto a mudar sua vida estudando duas horas em cada um desses dias de 2016. Serão 612 horas de estudos, com um merecido repouso aos domingos. Nova objeção do leitor: “Terei que aguardar até o final do ano para mudar de vida? Por que não estudo dez horas por dia? Alcançarei as mesmas 612 horas ao final de 62 dias de estudos. Assim, tirando esta primeira semana do ano, que foi perdida, completarei as 612 horas de estudos no dia 11 de março. E terei o resto do ano para aproveitar bastante”. Bem, vamos fazer os jogos dos sete erros dessas objeções. O primeiro erro foi supor que dez horas diárias valem exatamente o quíntuplo de duas horas. A partir da terceira hora de estudos, o cérebro já não trabalha com a mesma eficiência e exigirá repouso. Temos de ter em mente que estudar é uma atividade física, só que concentrada no cérebro. É por isso que estudar cansa. É por isso que um pouco a cada dia vale muito mais que estudar muito em dias esparsos. O segundo erro: a falta de paciência e a pressa em obter resultados. Supondo que dez horas por dia é o mesmo que duas horas durante cinco dias, ele quer concluir todo o aprendizado no início do mês de março. E para quê? Para “aproveitar o resto do ano”, como se os estudos fossem um tormento. Outra sorte está reserva da para quem encara os estudos como um dos maiores proveitos de nossa vida. E quanto mais estudamos, mais tomamos gosto de aprender. O terceiro erro do leitor foi a noção de tempo perdido, com uma pontinha de culpa pelo que andou fazendo nas festas de ano novo. Para ele, a primeira semana do ano “foi perdida”. Bem, se você passou ao lado das pessoas do seu apreço, se você aproveitou para se desligar das preocupações, esteja certo de que não foi uma semana perdida. Esses momentos de repouso e lazer são tão importantes quanto as horas de estudos. Mas, cuidado: não vá hibernar o ano todo, que aí será um tempo realmente perdido. O quarto erro foi... foi... bem, chega de erros. Corrigindo esses três, você estará no caminho do sucesso.
Boa sorte nos concursos previstos para 2016. Feliz 2017

Colaborador: Dr. José Roberto Lima - Professor de Direito, delegado federal e autor do livro “Como passei em 15 concursos”, da Ed. Método.

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