segunda-feira, 29 de julho de 2013

Plano de Prêmios e Recompensas nos Estudos para Concurso

Você, candidato ou candidata a concursos públicos, conta com um plano de prêmios, recompensas e punições? Já havia pensado nisto? 
Pode até ser que conte com o referido plano, mas de maneira não sistematizada e organizada. Porém, se nunca havia pensado nisto, talvez seja o caso de começar a refletir, enquanto uma medida importante para garantir disciplina e motivação com os estudos.
Primeiramente, é preciso entender que um plano de recompensas e punições consiste na elaboração de um planejamento com previsão de auto-punições e auto-premiações para situações de cumprimento e não cumprimento das metas e objetivos estabelecidos. Obviamente que a auto-punição cabe no caso do descumprimento e a auto-premiação no caso do cumprimento.
Fundamentos que justificam esta estratégia existem de sobra. No âmbito da psicologia do comportamento, a ideia dos prêmios e punições é a base de teorias como as desenvolvidas por Frederic Skinner, correspondente ao condicionamento operante (CORDIER, Françoise, GAONAC´H, Daniel. “Aprendizagem e memória: São Paulo, 2006, págs 17 e 19).  No caso, o prêmio ou a punição atuam como mecanismos de reforço positivos ou negativos para um determinado comportamento, com a intenção de estimular ou coibir.
Já na Administração, planos de prêmios e recompensas também são utilizados na gestão de pessoas, inclusive se relacionando com algumas teorias da motivação. Um exemplo consiste na Teoria da Expectativa, desenvolvida por Victor H. Vroom, a qual tem como um de seus componentes a ideia de “valência”, segundo a qual o ser humano é capaz de se motivar a partir da relação entre um objetivo a ser alcançado e o valor que este objetivo representa, o que, portanto, se relaciona com a noção de recompensa (VROOM, V. H. “Gestão de pessoas, não de pessoal”. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997).
No plano neurofisológico, o estabelecimento de recompensas e a sua conquista pode atuar nos mecanismos dopaminérgicos do cérebro, o que tende a proporcionar sensação de bem estar e satisfação.
Considerando os fundamentos que justificam a presente estratégia, na prática, é preciso que o candidato tenha um plano segundo o qual se a meta de horas de estudo ou do que deveria ser estudando foi cumprida, seja ao final do dia, seja ao final da semana, deveria ocorrer uma auto-premiação. E se não houve o cumprimento da meta, deveria ocorrer uma auto-punição.
Cabe a cada um definição o que vai tratar como premiação e como punição. Por exemplo,enquanto premiação, algo que proporcione satisfação, como comer ou beber algo que gosta, (desde que não seja bebida alcoólica), assistir um filme, ver determinado programa de TV ou algo semelhante. Como punição, exatamente a restrição a algo que gosta e caso a meta fosse cumprida faria. O fato é que o prêmio e a recompensa deve ser algo que faça sentido para a pessoa, em termos positivos (prêmio) ou negativos (punição).
Obviamente que a visualização do alcance da meta de curto prazo, por si só, já pode ser um mecanismo de satisfação, podendo se traduzir num verdadeiro estímulo positivo (clique aqui para ler Como Neutralizar as Angústias e Manter o Empenho).
Vale lembrar que esta ideia do plano de recompensas tem importância principalmente para o cumprimento das metas de curto prazo. E neste sentido, pode funcionar como umaimportante estratégia para que o candidato se mantenha comprometido, empenhado e disciplinado com os estudos.
Não se pode negar que nesta trajetória de preparação para concursos público é preciso cuidar do dia a dia, neutralizando aquelas dificuldades rotineiras, principalmente em função das restrições necessárias e do esforço realizado, os quais vão nos minando aquilo que gradativamente.
Portanto, pense sobre o seu plano de auto-premiações e auto-punições. E faça disto um aliado para manter o empenho e a disciplina.
PS: se você já tem um plano de prêmios e punições, ou tem sugestões de prêmios e punições, deixe nos comentários, não só para servir de fonte de pesquisa, mas também para ajudar os demais leitores. 



Prof. Rogerio Neiva:

  • Juiz do Trabalho desde 2002
  • Procurador de Estado de junho de 1999 a agosto de 2000
  • Advogado da União (AGU) de março de 2001 a agosto de 2002
  • Professor Universitário (graduação) – desde de 2000
  • Professor de Cursos Preparatórios para Concursos – desde 2000
  • Pisocopedagogo com pós graduação latu sensu em psicopedagogia clínica e institucional
  • Pós Graduado latu sensu em Direito Público – UDF
  • Pós Graduado em Administração Financeira – FGV
  • Pós Graduando em Neuroaprendizagem
  • Desenvolve orientação voltada à preparação para concursos públicos, a partir de abordagem empírica e científica, trabalhando com três eixos conceituais: Planejamento, Aprendizagem e Gestão Emocional
  • Vice-Coordenador da Escola da Magistratura do Trabalho da 10ª Região – Gestão 2005/2007 e 2009/2011
  • Membro da Comissão do Conselho Nacional de Justiça instituída para estudos sobre a Emenda Constitucional 62
  • Criador do SISTEMA TUCTOR 

Autor dos Livros:

  • Como se preparar para Concursos Públicos com Alto Rendimento “; Ed Método; 2010;
  • “Concursos Públicos e Exames Oficiais: Preparação Estratégica, Eficiente e Racional”; Ed Atlas; 2009;
  • “Temas de Direito do Trabalho aplicado à Administração Pública e a Fazenda Pública no Processo do Trabalho”; Ed Fortium, 2005;


  
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Os nobres Guerreiros, poderão deixar perguntas em comentários aqui no "BLOG CONCURSEIRO GUERREIRO" ou se preferirem podem envia-las para o e-mail: concurseiroguerreiro@hotmail.com - destas selecionaremos uma para produção de um texto escrito pelo próprio Dr. Rogerio Neiva. Avante Guerreiros! DEUS É GRANDE!

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